Boas Vindas...!!!

"A Montanha da Sabedoria, com o Pico da Iluminação, fica além da Planície do Conhecimento. Antes dela, o Pântano da Ignorância. A grande massa da humanidade fica presa aí, por desconhecer o segredo da passagem. Só se pode passar volitando o Pântano - e raros querem abandonar à margem o peso do Orgulho. Só o coração humilde tem asas."

Shi-Ling



Começo a postar esta mensagem neste blog... não só na Umbanda Sagrada, mas em todas as Religiões se prega o desprendimento, a humildade.. Infelizmente a grande massa da humanidade está preocupada com a correria do dia-a-dia... trabalho, família, compromissos, problemas.. e gastamos muito pouco tempo com a nossa espiritualidade.



Somos seres espirituais, não podemos nos esquecer disto - por isto que dentro do ritual de Umbanda Sagrada costuma-se fazer vez ou outra sessões nas matas, cachoeiras, praias, etc... - precisamos estar em contato com os elementos naturais, para que possamos nos reenergizar e manter a saúde corpo-espírito.



Podemos tomar como ensinamento o ensamento de Shi-Ling: a sabedoria fica além do conhecimento. Precisamos nos esforçar, estudar, o estudo é o néctar da alma. Apesar disto, a sabedoria é para poucos. Nem todos, infelizmente, usam o conhecimento da maneira esperada pelo nosso Criador. A maioria o usa para tirar vantagens pessoais. A sabedoria é o fruto do bom emprego do conhecimento adquirido ao longo da experiência.



A ignorância antecede-se ao conhecimento... e se trata de um empecilho, um obstáculo, para cada um de nós poder transpassá-lo, o que só conseguimos com humildade.



a humildade é uma das maiores chaves para a nossa evolução espiritual. Ela nos faz mais mansos, amorosos e nos mosta que sem fé o nosso estágio na carne se torna muito mais difícil.



Lembremos sempre disto...



Sejam bem vindos ao nosso Espaço...!!!



Estrela do Mar - HELLEN COSTA



sexta-feira, 22 de março de 2013

O MISTÉRIO DAS ORAÇÕES



O MISTÉRIO DAS ORAÇÕES


Conforme Helena Petrovna Fadeef von BLAVASTSKY, em seu último livro, "A Chave da Teosofia" (1891), o Mestre Jesus Cristo nos ensinou uma Oração (no caso, "O Pai Nosso") mas que nós, humanos, convertemos em um ato rotineiro e não damos a devida atenção ao repeti-la. Acabamos simplesmente movendo nossos lábios, sem percebermos o seu real significado.

Por exemplo, na estrofe "Perdoai as nossas ofensas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores"... será que agimos desta forma? Reflitam...

O nosso Mestre Jesus também nos ensinou que devemos amar os nossos inimigos e fazer o bem àqueles que nos odeiam... reflitam novamente: será que conseguimos separar as duas coisas? Quando muito, na maioria das vezes, ignoramos o nosso irmão.

As orações deveriam ser um ato de Fé. Afinal, ao nos portamos mentalmente (ao menos deveria ser desta forma) para fazer uma oração, estamos nos posicionando diante de Divindades, e, por isto, deveríamos nos posicionar de forma respeitosa, reverente e servil, e não de modo profano ou de forma egoísta como normalmente acontece.

As orações são Mistérios, Mistérios no qual ativamos verbos e vibração mental, nossos chacras ativam-se para entrar em sintonia com o portal que se abre diante de nós, captamos ondas fatorais já elementarizadas muitas vezes pelos elementos que utilizamos em conjunto com o nosso clamor (as velas com o copo de água são os mais comuns) e o mais correto é agir com total respeito e amor que pudermos. Elas não são somente um apelo, um pedido, ou pior, um pronto-socorro onde temos as Divindades sempre prontas a nos auxiliarem em nossos problemas a qualquer momento e a qualquer preço...!!!

Estes Mistérios de uma oração muitas vezes também possuem o sentido de encantamento para uma maldição ou blasfêmia. MAS COMO ASSIM?

Vamos tomar como exemplo dois exércitos em disputa, onde tanto um como outro está rezando simultaneamente para vencer a batalha, ou seja, para destruir o seu "inimigo". Não seria muito mais humano rezarem para que a guerra tivesse fim? Para que as desarmonias entre os lados se extinguissem?

A maioria dos humanos encarnados age de forma egoísta e reza somente para eles próprios, ou para o seu núcleo familiar, pedindo "o pão nosso de cada dia", mas pouco fazendo por onde para consegui-lo. E quando conseguem, será que dividem com os irmãos desafortunados? Rogam ao Pai que não os deixem "cair em tentação" e que os "livre do mal", mas conseguem deixar de lado os vícios da matéria no qual levam não só a cair em tentação, mas a purgar processos cármicos purificadores que podem levar séculos para o resgate?

A oração conforme BLAVATSKY (isto em 1891) possuk dois fatores para reflexão:

1 - Ela pode destruir no homem a confiança em si próprio, pois muitas vezes ele se encontra fragilizado emocionalmente e deposita todas as suas esperanças em Deus e nas Suas Divindades, o que, no meu ponto de vista, leva muitas vezes à fanatização e cegueira no que realmente tange ao Mundo Espiritual;

2 - Ela desenvolve no ser humano um egoísmo ainda mais voraz do que ele possui naturalmente, achando que o Pai e Suas Divindades estão a disposição para salvá-los de suas encrencas, 24 hrs por dia, mas pouco fazendo para modificar seus interiores e conseguir, desta forma, a superação de suas dificuldades relativas (pois o verdadeiro problema muitas vezes passa despercebido, ou seja, nós mesmos, com todos os nossos "lixos" interiores).

A Sra. BLAVATSKY diz que, ao invés de "orações estéreis", sem vibração de Amor e Fé, muitas vezes com pressa para logo terminarem o "texto pronto", as pessoas deveriam se dedicar mais às boas ações, pois estas possuem um valor de libertação infinitamente maior. Os atos meritórios possuem muito mais credibilidade e poder de realização. Como disse o Mestre Jesus: "Não ores, ou melhor, faze".

E ela justifica sua forma de pensar perguntando porque há de se recompensar um pseudo-vencedor? Você pagaria um dia de salário ao jornaleiro para que ele pudesse ficar descansando enquanto você fizesse o trabalho dele, só porque ele pediu? A ideia de que alguém passe a vida inteira  numa ociosidade moral, enquanto outro - neste caso, Deus e Suas Divindades, nossos Guias e Protetores Espirituais, ou até mesmo um irmão encarnado -   carregue os trabalhos e deveres mais duros é revoltante e degradante para a dignidade humana.

Muitos até conseguem algum auxílio efetivo, pois entram em um tipo de transe durante as orações, o que acaba afetando a psique, levando o indivíduo a repensar seus atos. 

A minha conclusão é a seguinte: uma oração, assim como qualquer Mistério invocado a Deus e às Suas Divindades, é um ato de Fé e Amor, que nunca deveria ser utilizado de forma profana e repetitiva, e o seu sucesso, ou seja, o auxílio que ela pode nos trazer depende da entrega total ao ato de Fé, ao nos portamos de forma respeitosa e reverente, transmutarmos nosso íntimo, observarmos não só as palavras inseridas no texto da oração, mas também as nossas ações do dia-a-dia, fazendo boas ações, expandindo nossa consciência e entendimento através dos estudos e superando nossos desequilíbrios e traumas de nossas encarnações pretéritas, trocando o vício pela virtude.

Axé...!!!
Hellen Costa - Estrela do Mar